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Tragédia em Atami completa 1 ano neste domingo
Muitos dos moradores atingidos pela tragédia não conseguiram retornar para a vida que tinham
Crédito: Redação - 03/07/2022 - Domingo, 11:11h

Atami – Neste domingo (3) completa um ano desde que um deslizamento de terra de grande escala atingiu parte da cidade de Atami (Shizuoka). O incidente ocorrido no distrito Izusan matou 27 pessoas, deixando uma desaparecida, publicou a NHK.
O enorme fluxo de detritos causou danos em 136 edificações, como casas, e até o final de maio deste ano, 132 famílias ou 235 pessoas, estão em moradias públicas ou habitações alugadas.
A cidade de Atami compilou o “Plano Básico de Reconstrução” no dia 28 de junho, indicando os passos para a reconstrução daquela área. O projeto inclui a política da cidade para o uso do solo.
Uma pesquisa feita pela NHK com as pessoas que viviam no distrito de Izusan revelou que quase 90% dos 117 entrevistados disseram que a recuperação da área não esta progredindo.
Mesmo um ano após o desastre muitos dos moradores ali têm a mesma impressão.
O deslizamento de terra ocorreu em um aterro criado por uma empresa imobiliária da cidade de Odawara, em Kanagawa, em 2007.
O terreno foi coberto com terra e areia, mas a prefeitura de Atami instruiu a empresa a parar de carregar esse material para o terreno na cidade.
Consta que em 2010 o aterro chegou a 45 metros de altura. No ano seguinte, os direitos daquela terra foram transferidos da imobiliária para o atual proprietário. A altura padrão da prefeitura de Atami para aterros assim é de 15 metros.
A prefeitura solicitou ao atual proprietário medidas de segurança, sendo que o local se tornou um ponto de risco de deslizamento de terra por cerca de 10 anos.
Algumas autoridades locais reconheceram que não fizeram o suficiente para evitar o pior.
As famílias enlutadas e as vítimas entraram com processo de indenização contra a imobiliária e o atual dono do terreno para determinar a responsabilidade sobre o ocorrido.
A imobiliária disse que não tem responsabilidade na tragédia. E o advogado do atual dono do local disse que este não sabia das condições presentes e que não há responsabilidade legal que pese contra ele.
A preocupação da cidade é que ainda deve haver 21.000 metros cúbicos de terra e areia no aterro, com a cidade emitindo uma ordem para o atual dono tomar medidas para evitar que ocorra novo deslizamento. Este não teria apresentado plano mesmo após o término do prazo.
O professor Reo Kimura da Universidade de Hyogo, que é especializado em psicologia social, disse o seguinte: “Neste momento muitas pessoas ainda querem regressar ao seu local de origem, mas com o atraso nos trabalhos de reconstrução e o envelhecimento das vítimas, pensa-se que mais pessoas não conseguirão regressar. Espero que o governo também se refira a esta pesquisa, explique o processo de reconstrução e entenda as necessidades dos moradores."
Foto: Reprodução
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