Outras Edições

Em destaque Japão

Astronauta japonesa quer construir colônias habitáveis na Lua até 2030

A proposta é instalar cápsulas em túneis, garantindo a proteção contra radiação

Crédito: Redação - 12/04/2018 - Quinta, 16:31h

Tóquio - Um dos desafios dos astronautas no futuro será a sobrevivência no espaço. Embora ainda estejam distante de serem concretizadas, já se fala na montagem de colônias autossuficientes em Marte. O Japão, no caso, está mirando a Lua, onde pretende instalar colônias em túneis em 2030, segundo a agência EFE.

As colônias lunares já estão sendo projetadas pelo Centro de Pesquisa de Colônias Espaciais (RCSC), liderado pela astronauta japonesa Chiaki Mukai, da Universidade de Ciências de Tóquio.

A tarefa do Centro é desenvolver tecnologia que garanta a sobrevivência de seres humanos no espaço, buscando uma alternativa à Estação Espacial Internacional, cuja operação deve cessar na próxima década.

“Se vamos para a Lua, precisaremos usar seus recursos e fazer com que tudo seja eficiente enquanto reciclamos”, disse Mukai.

A equipe de Mukai tem que buscar a solução para alguns problemas, como a criação de um espaço habitável que tenha capacidade de se abastecer de energia e armazená-la, além de desenvolver tecnologia para reciclar ar e a água e o cultivo de alimentos.

No caso da RCSC, a proposta é instalar cápsulas em túneis da Lua, garantindo assim a proteção contra a radiação do espaço. “Imaginamos vários módulos de vida acoplados uns aos outros no futuro”, disse Mukai, que tem 66 anos de idade e já foi duas vezes ao espaço, em 1994 e 1998.

Os cientistas estão focados no uso da termoeletricidade, que é a geração de eletricidade pelo calor, para viabilizar a construção de tais cápsulas. As pesquisas envolvem o desenvolvimento de um dispositivo a ser instalado na parede.

A temperatura interna de uma colônia lunar seria de 10 a 30 graus, enquanto que no exterior chega a ser de 90 a 130 graus durante o dia ou -170 a -230 graus à noite. “Mas ainda é preciso desenvolver sistemas para manter a temperatura constante”, completou o professor Tsutomu Iida.

O estudo, porém, esbarra no fato de os materiais usados em sistemas termoelétricos serem tóxicos e proibidos em muitos países. Os japoneses concentram a pesquisa no silicato de magnésio com reservas naturais que tenham um tempo de vida de uma década.

Quanto à produção de alimentos, o RCSC já faz testes com uma estufa onde o plantio é feito em água e não em terra, com produção de batatas, tomates, alfavaca e alface. Os japoneses buscam obter o plasma em estado líquido a partir da urina, para criar um composto que ajude a fertilizar as plantações e manter a água sem algas.

Foto: iStockphoto
Compartilhe
Comentários

736 vagas disponíveis em todo o Japão

1 ano
24 edições
¥7000 ienes
ASSINE A
REVISTA
RECEBA SEM SAIR DE CASA
PARTICIPE DE TODAS AS NOSSAS PROMOÇÕES
qr code alternativa
Nippaku Yuai Co., Ltd.
〒151-0071
Tokyo-to Shibuya-ku Honmachi 1-20-2-203