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Japão começa a testar sistema de intérprete para estrangeiros em presídios

Penitenciárias do país abrigam mais de 3 mil detentos estrangeiros

Crédito: Ana Laura Kawabe/Alternativa - 01/11/2017 - Quarta, 18:13h

Tóquio – Os presídios do Japão que abrigam estrangeiros começaram a testar nesta quarta-feira (1) um novo sistema de intérpretes, que visa melhorar a comunicação com os detentos que possuem dificuldades em falar japonês.
 
Segundo uma reportagem da emissora TBS, o sistema funcionará através de um aparelho de tablet especial, conectado a um aparelho televisivo no presídio. Em videoconferência, um agente de especialização internacional, que estará trabalhando em outro presídio, deverá ajudar na comunicação entre o presidiário e um funcionário local.
 
O sistema deverá ser utilizado para inúmeras finalidades, como esclarecer regras internas do presídio ou tirar dúvidas dos detentos que, por não conseguirem se comunicar, acabam sofrendo estresse.
 
A emissora acompanhou um brasileiro que recebeu liberdade condicional no presídio de Fuchu, localizado na região metropolitana de Tóquio. O agente Hideaki Tokuda, de 54 anos e especializado em língua portuguesa, acompanhou o detento, que não foi identificado, durante um ano.
 
No dia da liberação, os procedimentos como entrega de dinheiro e objetos de valor foram traduzidos pelo agente, em frente às câmeras de TV.
 
Quando questionado sobre o período que passou no presídio, o brasileiro comentou com o agente que havia aprendido a viver, mencionando o conhecimento de japonês adquirido durante a detenção.
 
Alguns presídios já possuem a presença de um intérprete, mas este serviço era extremamente limitado. Por via de regra, os estrangeiros capazes de manter uma conversação básica em japonês eram transferidos para outros presídios, sem esse apoio.
 
Porém, o sistema penitenciário começou a perceber que os detentos com um conhecimento básico ainda possuem muitas limitações de comunicação. Alguns procedimentos e até as entrevistas para ganhar liberdade condicional dependiam da ajuda de um intérprete.
 
Como há muitas regras no presídio e muitos estrangeiros possuem dificuldade em compreender, isto gerava estresse e até comportamentos rebeldes, como a recusa em fazer o que foi solicitado.
 
“Como dobrar o futon (colchão japonês) ou como lavar roupas, essas instruções básicas eram repetidas por inúmeras vezes até que fossem compreendidas”, explicou Tokuda.
 
O sistema penitenciário do Japão abriga 3.041 detentos de origem estrangeira, segundo dados do governo de 2016. Se o novo sistema de intérpretes se mostrar eficiente, diversos problemas do cotidiano dos presidiários que não falam japonês poderão ser solucionados.
 
Foto: Reprodução/JNN
Sistema de intérprete por videoconferência
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