Pesquisador apresenta evidências científicas da reencarnação
Guilherme Velho deu uma palestra sobre “Evidências científicas da sobrevivência da alma” no V Simpósio Espírita em Toki (Gifu)

Toki – A reencarnação é um tema que divide opiniões. Para uns, ela simplesmente não existe. Para outros, ela não apenas existe como pode ser comprovada. Pelo menos é o que garante o parapsicólogo e pesquisador espírita Guilherme Velho.
Ele deu uma palestra sobre “Evidências científicas da sobrevivência da alma” no V Simpósio Espírita realizado pela Associação de Divulgadores do Espiritismo do Japão (Ade) na sede do Núcleo Espírita Cristão do Japão (NEC) neste sábado (28) em Toki (Gifu).
O espiritismo defende a ideia de que a alma sobrevive à morte e volta, um dia, para viver na Terra, em outro tempo, em outro corpo. Um dos meios bastante usados pelos pesquisadores para terem algum contato com espíritos é a chamada transcomunicação instrumental, modo pelo qual se consegue gravar as vozes de supostos espíritos de desencarnados em aparelhos, como gravadores.
Guilherme apresentou um áudio gravado na Federação Espírita da Bahia em 2002, no qual seu ex-presidente, de nome Astrogildo, já desencarnado, fala algumas coisas. “Ele era poeta e se dirigiu àquela que fora sua esposa, a qual estava na plateia, em tom poético. Foi um momento registrado até em ata e em cartório por mais de 200 pessoas”, assegura o pesquisador.
Mas este assunto ganhou um impulso maior quando o indiano Hemendra Banerjee iniciou pesquisa na Universidade do Rajastão baseado em relatos espontâneos de crianças que alegavam ter vivido em outro lugar, tido outro nome entre outras coisas.
“Ele pesquisou quase três mil casos e conseguiu evidências de 700. Um deles era de um garoto de cinco anos de idade que dizia que sua mãe não era de fato sua mãe, nem aquela seria a sua casa. Ele dizia que tinha uma esposa, uma filha, duas vacas e um poço”, explica Guilherme. O próprio Banerjee levou a criança ao local onde esta dizia ter vivido e este reencontrou sua ex-esposa.
Outra pesquisadora que contribui com o tema foi Helen Wambach, dos Estados Unidos, só que com base em relatos feitos a partir de sessões de hipnose, através das quais estudou mais de mil casos. “Em 92% dos relatos ela conseguiu evidências, já que pegava com as pessoas detalhes como roupas, moedas, ano, lugar, situações vividas por elas”, disse Guilherme.
O pesquisador disse que a hipnose é um meio muito usado nesse tipo de estudo e na cura de problemas comportamentais, por exemplo. “Mas eu sugiro que primeiro se recorra aos tratamentos convencionais. Caso não surtam efeito, aí sim procurem a hipnose. Mas alerto que é algo perigoso. É bom lembrar que se não recordamos do nosso passado, é por algum motivo importante”, afirma.
Segundo Guilherme, a reencarnação é um dos princípios da doutrina espírita, hoje estudada por terapias como a de vidas passadas. Ele citou que um dos maiores pesquisadores do tema no Brasil foi Hernani Guimarães Andrade.
O próximo Simpósio Espírita, segundo a Ade, será em abril de 2016 em local ainda a ser divulgado.
Foto: Antônio Carlos Bordin/Alternativa
Guilherme Velho (sentado ao centro) falou sobre evidências científicas de casos de reencarnação
486 vagas disponíveis em todo o Japão


