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Ex-professor e universidade são condenados a pagar indenização por assédio sexual
A decisão foi dada pelo Tribunal Distrital de Tóquio após ação movida pela vítima, uma ex-aluna
Crédito: Redação - 07/04/2023 - Sexta, 16:48h

Tóquio, Japão – A Universidade Waseda e o crítico literário Naomi Watanabe foram condenados pelo Tribunal Distrital de Tóquio a pagar ¥ 550.000 por danos a uma ex-aluna de pós-graduação por assédio sexual, publicou o jornal Yomiuri.
A ex-aluna, Rena Fukazawa, 32, é hoje escritora e entrou com ação no tribunal contra Watanabe, 71, e a universidade, reivindicando indenização de ¥ 5,5 milhões em danos. Watanabe era professor da Escola de Pós-Graduação em Letras, Artes e Ciências, onde a demandante havia estudado.
A decisão do juiz Kokoro Nakamura saiu na quinta-feira (6), indicando que Watanabe fez comentários sexualmente ofensivos a Fukazawa, dizendo que ele “violou os direitos pessoais dela e a privou dos benefícios de aprender em um ambiente de aprendizado positivo”.
Fukazawa entrou no curso de Escrita Criativa e Crítica da escola de pós-graduação em abril de 2016, e Watanabe, que era o orientador acadêmico dela, segundo o tribunal, declarou o seguinte enquanto estavam em um restaurante em 2017: “Depois que você se formar, farei de você minha mulher.”
Em 2018 Fukazawa deixou a escola e no mesmo ano Watanabe foi demitido por assédio sexual.
Na decisão recente, o Tribunal considerou os comentários do ex-professor como “ilegais e além dos limites de serem socialmente aceitáveis”, concluindo que ele e a universidade eram responsáveis por danos.
A universidade foi condenada a pagar ¥ 55.000 adicionais, além dos ¥ 550.000, em compensação pelas ações de outro professor, que, consultado por Fukazawa, disse que ela era parcialmente culpada pelo ocorrido.
Como escritora, Fukazawa fundou a associação “Don’t Overlook Harassment at Universities” (Não ignore o assédio nas universidades”, em tradução livre) em 2020, por meio da qual ela divulga informações sobre assédio sexual e outros problemas nas universidades.
Fukazawa comentou o seguinte após a decisão do tribunal: “Espero que a universidade não repita o mesmo erro.”
O advogado que representa Watanabe disse: “Ele lamenta profundamente o que disse [a ela] e que gostaria de discutir uma resposta”.
A universidade divulgou um comunicado dizendo: “Pedimos sinceras e profundas desculpas à vítima”.
Foto: Reprodução
Universidade Waseda
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